Como demitir um funcionário?

Em Aconteceu na empresa por André M. Coelho

Ninguém gosta de fazer isso, mas vamos supor que, neste caso, precisa ser feito. Vamos supor que, por razões de talento ou esforço, ou comportamento, ou adaptação cultural, ou seja, você, como gerente determinou que um determinado funcionário tem que ir. Ninguém gosta disso. Então, como você vai agir da melhor maneira possível?

Não vá de cabeça quente

Isto não é lugar para a ação impulsiva, ou raiva, ou agir no calor do momento. Entre outras coisas, desligamentos mal planejados e carregados de empregados pode ter consequências jurídicas e financeiras graves. É um lugar para a ação pensativa, bem planejada.

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Documente meticulosamente

Tenha certeza de que os problemas do passado com este empregado tenham sido diligentemente documentados. Isto é, naturalmente, algo que um gerente deve fazer enquanto problemas ocorrem. Se isso não aconteceu, e seus registros são escassos, talvez seja melhor esperar (se possível) até mais problemas acontecem, e então documenta-los para poder demitir o funcionário por justa causa. Aliás, a falta de documentação dos erros dos funcionários é um dos maiores motivos para a empresa ter que demitir funcionários sem justa causa e arcar com os alto custos desta atitude.

Trabalhe sempre em colaboração com o RH

Eles vão ajudar a garantir que todos os dados necessários estão, e que você segue um processo adequado. Os conselhos objetivos do RH podem salvá-lo e à organização de partir para um ato impulsivo. Um chefe deve também ser capaz de ajudar seus subordinados a demitirem membros de sua equipe. Eu passei por uma situação onde meu chefe não me ajudou em nada a demitir alguns funcionários e por isso, não fiz a execução da melhor forma correta. Hoje eu sei o quão importante é esse suporte.

Responsável por demitir funcionário

Demitir um empregado não é só tirar ele da empresa. É todo um processo que demanda muita responsabilidade por quem assume a posição de demitir. (Foto: debaawy.wordpress.com)

Segurança

Você vai querer ter certeza de sua operação de segurança e talvez até mesmo em modo de espera, se necessário, quando o desligamento ocorrer. Você vai querer ter certeza que ativos e dados corporativos estão salvaguardados. Embora essas preparações possam parecer excessivas, dependendo das circunstâncias e personalidades, desligamentos de empregados podem ser, situações imprevisíveis e combustíveis para um desligamento caótico. Alguns podem ir totalmente calmos e silenciosamente, ou pode ser o completo caos. Você quer que as coisas tratadas de forma justa, mas com o drama mínimo. Pense em redução de riscos: anote todos os motivos que levaram a demissão do funcionário. Explique por que ele não merece uma segunda chance. Dê uma chance para ele se defender e escute, pois mesmo com uma decisão 100% tomada, o feedback do funcionário pode ser muito importante para uma análise situacional da empresa. Dependendo da situação, dê uma indicação de emprego ao funcionário. Enfim, você deve fazer de tudo para deixar claro todos os motivos que levaram a demissão e os caminhos possíveis para o futuro do funcionário.

Além do planejamento logístico é a entrega real de duras notícias para a grande parte dos funcionários.

O que um gestor tem que ter em mente?

Comunique-se com franqueza e clareza. Profissionalismo é a ordem do dia. Saiba o que a sua mensagem é, e cumpra ela. Há uma razão pela qual o empregado não deu certo. Não é um tempo de se esconder atrás de e-mail, ou a divagar ou ser excessivamente emocional. Esteja bem preparado, claro e emocionalmente pronto para o momento. Comece com uma pergunta, jogando a responsabilidade para o funcionário perceber. Algo como: “você sabe por que está aqui hoje?” ou “você se acha um bom funcionário?”. Após as respostas, confronte o funcionário com dados concretos e mostre como você tentou intervir para ajudá-lo antes.

Empatia. Como a mensagem é repassada pode fazer uma enorme diferença. Para dizer o óbvio, ser demitido é muitas vezes extremamente doloroso. Empatia genuína importa. Tendo estado em ambos os lados dessas conversas, eu posso atestar que ser tratado com respeito e dignidade é extremamente importante. Pergunte a si mesmo: Como você gostaria de ser tratado se estivesse na outra extremidade da recepção de uma mensagem tão difícil?

Considerações finais

Empregados na linha de frente sabem melhor do que ninguém quem é um ótimo funcionário e quem, digamos, não é. Se uma demissão é caprichosa e imerecida, isso envia um arrepio coletivo através de uma organização. Isso pode acontecer a qualquer um, ou, pior de tudo, com você mesmo. Moral e confiança são abaladas. Mas se uma demissão é verdadeiramente merecida, se uma pessoa só não pode fazer o trabalho ou teve uma influência destrutiva em uma organização, a grande maioria dos funcionários que trabalham duro vai reconhecer o que precisava ser feito e vai respeitar o gerente para ele . Na verdade, passividade crônica gerencial ou omissão pode até produzir desrespeito.

Demissão de uma pessoa nunca é agradável. Mas pode ser mais fácil ou mais difícil, dependendo do quão bem você preparou.

Vocês tem pensamentos para compartilhar? Estou interessado em ouvir de leitores sobre este assunto delicado.

Sobre o autor

Autor André M. Coelho

André é pós-graduado em pedagogia empresarial, especializando na padronização de processos. Possui mais de 300 horas em cursos relacionados à administração de empresas, empreendedorismo, finanças, e legislação. Atuando também como consultor e educador empresarial, André escreve sobre Recursos Humanos desde 2012.

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