Como a procrastinação e ansiedade atrapalham seu trabalho?
Um fato da vida é que a maioria de nós procrastina. Quando há algo que não queremos fazer, é incrível o que nosso cérebro pode nos obrigar a evitar fazer para fugir do que precisa ser feito. Quando eu preciso estar estudando para meus testes de pós-graduação, é incrível quanta diversão eu encontrava em limpar a casa quando não queria estudar. É uma situação irônica, porque todos nós percebemos que a procrastinação só nos faz sentir pior, e continua atormentando nossas mentes. Cultivamos uma ansiedade que aumenta a cada dia, e só vai prejudicando nosso trabalho, nossos estudos, e até nossas vidas sociais.
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Mas como procrastinação e ansiedade estão relacionadas? Como elas podem afetar negativamente nossa vida? Vamos entender melhor, e buscar as soluções para esses problemas causados pela procrastinação e ansiedade.
Procrastinação no trabalho: depender de alguém para fazer
Uma das influencias mais claras da procrastinação e da ansiedade é achar que você precisa de alguém para te dar forças ou autorização para fazer alguma coisa, para dar os primeiros passos. Muitas vezes é muito difícil fazer tudo o que você precisa fazer ao mesmo tempo, e você usa a ansiedade e procrastinação jogando a responsabilidade para uma segunda pessoa, o “motivador”. A verdade, porém, é que você pode dar os primeiros passos sozinho.
Faça uma lista de coisas que precisam ser feitas, e em seguida, quebrar as tarefas em menores. Para cada tarefa que você desmembrar, você vai ter um começo e um fim. As tarefas devem ser quebradas em pedaços pequenos o suficiente para que você sempre possa ver uma “luz no fim do túnel”.
Ver toda a tarefa de uma só vez só vai frustrá-lo, e te deixar achando que você sempre vai precisar de um empurrão ou a ajuda de alguém para começar uma tarefa quando, na verdade, você não precisa. Lógico, tarefas mais difíceis podem precisar de ajuda, mas você pode começar tudo sozinho.
Procrastinar provoca ansiedade porque você não faz nada
Ao procrastinar, você fica mais ansioso porque não vê nada sendo produzido. Nesse ciclo vicioso, o tempo vai passando, mais frustrado você fica, e menos você produz.
Não importa como, comece a fazer alguma coisa. Seja organizar sua mesa, organizar arquivos no computador, começar a limpar seu armário, o que for. Não espere o “momento certo” para começar as coisas. Apenas se levante e faça, pois você vai começar a se sentir melhor, e ficar motivado a fazer mais coisas.
Quando você terminar com a sua primeira tarefa, se dê uma recompensa. Coma um chocolate, tome um gole de café, ou ouça um pouco de música. O reforço positivo vai te ajudar a associar completar tarefas a algo positivo, te motivando a fazer ainda mais.
Procrastinação e incapacidade: fórmula para a ansiedade
Uma das coisas sobre a procrastinação é que ela nos dá uma sensação de incapacidade, principalmente quando já está trabalhando com nossa ansiedade. Não conseguimos dar um passo sequer, nos achamos incapazes de começar. Achamos tudo difícil, e ficamos corroídos por dentro. Até começamos a colocar a culpa nos outros, no governo, no patrão, nos colegas de trabalho…
Talvez você está tendo um momento difícil porque você está tentando fazer tudo muito rápido. Depois de ter procrastinado, é mais difícil começar uma nova tarefa. A estratégia aqui é mover-se começando lentamente. Se você estiver sentado ou deitado, fique de pé, estique e faça um alongamento ou exercício simples, como um alongamento. Enquanto estiver fazendo isso, organize mentalmente o que você precisa fazer. Volte para sua mesa, sente, e coloque tudo que você precisa fazer em um papel. Comece pelas tarefas mais fáceis.
Ao ver as tarefas, pode ser que você tenha uma sensação ruim, de estar muito cheio de coisas para fazer. Não tenha medo de pedir ajuda para as tarefas mais difíceis. Isso ajuda a controlar sua ansiedade e evitar que ela seja incapacitante.
Procrastinação, Ansiedade, e Força de Vontade
Quanto mais você procrastina, mais ansioso fica, e menos força de vontade você terá para sair do lugar. Isso é uma fórmula para a estafa e para a depressão. E isso é muito sério.
A diferença entre aqueles que procrastinam e aqueles que fazem as coisas é que os não-procrastinadores tem uma estratégia ou sistema específico para ajudá-los através de tarefas que não são muito divertidas. Eles não deixam a ansiedade tomar o lugar da procrastinação, e nem que essa mesma ansiedade leve a uma estafa.
Não-procrastinadores colocam suas mentes para funcionar e, logo em seguida, começam a agir. É sempre uma surpresa a rapidez com que as coisas são feitas assim que elas foram iniciadas. Muitos de nós que passaram, dia após dia procrastinando, e nos sentindo mal com isso, ficamos chocados ao notar a diferença que um pequeno movimento na direção certa faz. Isso é a chama inicial que sua força de vontade precisa para funcionar.
Quem já está no poço da ansiedade e procrastinação, deve começar a fazer as tarefas o quanto antes. É a melhor solução para começar a fazer, e evitar que a ansiedade te leve a um poço emocional.
Corte o ciclo vicioso da procrastinação e ansiedade o quanto antes
Quando você tem um novo trabalho a fazer, se você começar cedo o suficiente e não procrastinar até o último minuto, cada dia será mais agradável, você vai sentir como se estivesse realizando algo (porque você está), e você não vai ter esse sentimento persistente de ansiedade, da sensação que você não conseguiu fazer nada. Você estará cultivando sua força de vontade. Mesmo que seja escrever duas linhas de um relatório, limpar a tela do computador, qualquer coisa do tipo: comece a fazer algo, antes que a ansiedade provoque mais procrastinação, queime sua força de vontade, e fique muito mais difícil sair do lugar.
Como você luta contra a procrastinação? Quais dicas tem para quem procrastina? Como você fez para parar de procrastinar?
Sobre o autor
André é pós-graduado em pedagogia empresarial, especializando na padronização de processos. Possui mais de 300 horas em cursos relacionados à administração de empresas, empreendedorismo, finanças, e legislação. Atuando também como consultor e educador empresarial, André escreve sobre Recursos Humanos desde 2012.
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