Acabei de comprar um REP que não funciona. E agora?
Com a portaria 1510 do MTE entrando e saindo de cena desde agosto de 2009, muitas empresas já adquiriram um REP (Registrador eletrônico de ponto) com o objetivo de se adequar à legislação.
Discutimos em um artigo anterior sobre a necessidade de comprar um REP para quem já tem um relógio de ponto funcionando, neste falaremos sobre as opções de quem já comprou um REP e ele não está atendendo as expectativas ou mesmo não está funcionando como previsto.
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Um dos problemas de quem comprou um REP para atender à futura legislação é que provavelmente ele não funciona tão bem quanto o relógio de ponto que foi substituído. Porque? A resposta é simples: todo software precisa de um tempo após a sua implantação para funcionar a contento. É necessário que os funcionários aprendam e se acostumem a utilizar o relógio e o software de ponto, adequando-o ao funcionamento da rotina do RH da empresa. Com qualquer software novo é necessário passar por isto novamente.
Se for apenas este o problema é questão de tempo para que tudo fique bem novamente, mas as histórias de que os REP vendidos por aí não funcionam direito não cansam de surgir. Na verdade é possível imaginar que houve pouco tempo de teste para este novo produto. Os melhores relógios de ponto do mercado já são produzidos a 5, 10, 15 ou mais anos, e foram evoluindo neste tempo todo. Os REP certamente herdaram parte desta evolução, mas a questão da impressora e da porta fiscal existente em algum deles trouxe instabilidade a todo o produto. Existem até casos de REP com duas impressoras, o que demonstra uma maneira quase desesperada de solucionar um problema que parece ter as causas na criação do produto, no projeto.
Se você tem um REP que não funciona conforme especificado no contrato e no momento da venda, o ideal é tentar devolver e pegar de volta o dinheiro referente ao preço do produto. Dificilmente sua ressarcida pelos serviços pagos. Em todo caso será necessário ter provas de que as funções do produto não correspondem ao que foi vendido e isto poderá demorar um pouco na justiça.
Outra maneira de solucionar é tentar adequar o produto às suas necessidades, entrando em contato com o fabricante para fazer as atualizações de software e firmware necessárias até que o REP atinja a maturidade técnica necessária para registrar os horários dos funcionários de sua empresa.
A tal homologação exigida pelo MTE não parece garantir que o REP funcione bem. Bugs fazem parte de qualquer software comercial. Devem ser corrigidos e diminuírem com o tempo, tanto em número quanto em importância, mas o cliente não pode servir de cobaia!
Se você acha se encontra nesta situação, deixe o seu comentário contando a sua história com o REP que comprou!
Sobre o autor
André é pós-graduado em pedagogia empresarial, especializando na padronização de processos. Possui mais de 300 horas em cursos relacionados à administração de empresas, empreendedorismo, finanças, e legislação. Atuando também como consultor e educador empresarial, André escreve sobre Recursos Humanos desde 2012.
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