Vender suas férias: quando isso é uma boa opção?

Em Recursos Humanos por André M. Coelho

Digamos que chega o momento de finalmente tirar proveito de suas férias. O ano passou, o trabalho foi difícil, mas nem tanto, você se estabeleceu profissionalmente e a vida está mil maravilhas. Surge então a oportunidade para que você venda suas férias. Será que é o certo a se fazer, mesmo tendo certeza que sua vida está tranquila e calma após um ano de trabalho?

Para a maioria das pessoas, as férias são um momento de relaxamento, onde elas podem aproveitar viagens, passar momentos com a família, se recuperar de longos períodos de estresse ou até mesmo para se recuperar de procedimentos cirúrgicos. Mas quem tem um cargo de supervisão ou coordenação quase sempre recebem propostas para que vendam suas férias, já que as empresas precisam deles.

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Principalmente quando o mercado está aquecido, a empresa precisa muito de seus funcionários chave para se manter funcionando e atendendo às demandas do mercado. Em alguns casos mais extremos, a empresa chega até a adiar consecutivas vezes as férias de seus funcionários cabeça para poder continuar funcionando, causando um estresse desnecessário e podendo até levar o funcionário a exaustão total, o burnout.

Por isso, existem algumas coisas que o funcionário deve levar em consideração antes de vender suas férias.

Dinheiro extra no final do mês

Será que você realmente precisa vender suas férias ou precisa mais é deixar o trabalho de lado e descansar um pouco? (Foto: souzafilhopmpe.blogspot.com)

A maior motivação que alguém pode ter ao vender suas férias é a questão salarial, uma vez que o funcionário irá receber o salário de suas férias mais os 10 dias em que trabalhou. Portanto, o funcionário recebe por 40 dias. Nenhuma empresa pode obrigar o funcionário a trabalhar mais do que 10 dias, uma vez que é o limite estabelecido pela CLT (1/3 das férias podem ser vendidas pelo trabalhador).

Então, se você tem algumas dívidas a pagar, quer trocar o carro, fazer uma reforma na casa ou qualquer outro motivo similar, vender suas férias pode ser um bom negócio. Mas lembre-se de utilizar esse dinheiro com sabedoria para não adquirir novas dívidas, ou você irá ficar cada vez mais desesperado. Essa venda das férias vale especialmente em época de feirões de carros, quando os preços estão muito mais acessíveis para a troca de seu veículo.

Se você está pensando em receber este dinheiro extra para aproveitar as férias, esqueça. Você só o receberá após as férias, no salário do mês seguinte. Portanto, planeje-se corretamente com o uso deste dinheiro para não ser pego de surpresa.

É importante lembrar também que os 10 dias trabalhados são isentos de imposto de renda.

Agora, vamos levar em conta a questão da saúde. Muitas vezes nossos corpos e mentes estão estressados e cansados e nós nem sequer percebemos. Por isso, torna-se muito importante que você pare e analise bem a situação: estas férias são realmente importantes? 20 dias serão suficientes para descansar completamente? Eu realmente preciso desse dinheiro extra? São poucas perguntas, mas que farão a diferença na hora de escolher entre sua saúde e um dinheiro a mais no bolso, que pode depois ser gasto em vários tratamentos para os problemas ocasionados pela falta de férias.

Portanto, a escolha final é sua. Mas faça ela com sabedoria.

Sobre o autor

Autor André M. Coelho

André é pós-graduado em pedagogia empresarial, especializando na padronização de processos. Possui mais de 300 horas em cursos relacionados à administração de empresas, empreendedorismo, finanças, e legislação. Atuando também como consultor e educador empresarial, André escreve sobre Recursos Humanos desde 2012.

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