Cultura organizacional: o que é? Tipos e exemplos!
Você sempre ouve alguém, quando fala com um amigo sobre trabalho, diz: “então, como é a cultura da empresa?”
Em resposta, você pode ouvir diversas respostas, desde algo como “Ambiente de pessoas amigáveis” até algo como “ambiente altamente competitivo”.
A cultura é um componente crítico de qualquer organização. A cultura é para o recrutamento como o produto é para o marketing. Para atrair e reter pessoas talentosas, você precisa criar uma cultura que as pessoas vão adorar.
Mas a cultura organizacional é mais do que pessoas amigáveis ou um espaço legal para escritórios. Aqui, vamos definir a cultura organizacional e descrever diferentes tipos, para que você possa entender o que é e por que é importante.
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O que é cultura organizacional?
A cultura organizacional é uma parte inerente de qualquer local de trabalho.
Essencialmente, a cultura organizacional são os valores, comportamentos e visão compartilhada que contribuem para o ambiente de uma organização.
Vamos nos concentrar em um aspecto disso por um momento – “valores”. Nesse caso, estamos usando valores como um termo genérico em toda a organização, mas também como um rótulo para definir as interações diárias entre funcionários individuais.
Por exemplo, sua empresa pode valorizar a autonomia. Em uma escala maior, você pode implementar autonomia permitindo que os líderes gerenciem suas próprias equipes com pouca interferência. No entanto, para realmente se infiltrar na cultura, você deseja que cada funcionário, do estagiário ao vice-presidente, se sinta autônomo em relação a seus próprios horários e carga de trabalho.
Para nossos propósitos, é importante distinguir a diferença entre “valor” e “comportamento”. Sua empresa pode valorizar a gentileza, mas, para realmente criar uma cultura compassiva, você precisará garantir que cada funcionário siga certos comportamentos. Bondade pode significar qualquer coisa, desde ser inclusivo durante os passeios em equipe até permanecer aberto a novas idéias durante as reuniões.
Se seus valores não estiverem presentes no comportamento diário de seus funcionários, você nunca criará o tipo de cultura que deseja.
Por fim, é fundamental que sua empresa tenha uma visão compartilhada. Sem uma visão compartilhada, é difícil que seus funcionários trabalhem juntos em direção a um objetivo comum, tomem decisões eficazes e avancem a empresa. Além disso, sua visão é o fator motivador que pode manter os funcionários envolvidos nos momentos difíceis.
Exemplo de cultura corporativa
Por exemplo, considere X, uma empresa com uma classificação impressionante em contratações. Do ponto de vista de quem é de fora, a empresa X vende camisetas e outros acessórios. Mas a visão deles é maior que isso, algo como “para espalhar o poder do otimismo”.
Uma visão ajuda a empresa a crescer, mas também permite que funcionários individuais continuem no caminho certo e tomem as decisões certas para a marca. Quando confrontados com desafios, os funcionários da empresa X podem se perguntar: “Bem, isso espalha otimismo ou vai contra a nossa missão?” Idealmente, a visão atua como um terreno comum e permite que os líderes deem um passo atrás e permitam maior autonomia em toda a organização.
Tipos de cultura organizacional
Os professores de negócios criaram quatro culturas organizacionais diferentes – mas, é importante observar que a maioria das organizações é uma combinação dessas culturas. Aqui, vamos dividi-las.
1. Cultura do Clã
A cultura do clã é uma cultura “familiar”. As pessoas são amigáveis e respeitosas umas com as outras, e os líderes são vistos como mentores. Há ênfase na formação de equipes e no envolvimento dos funcionários. As organizações da Cultura de Clãs priorizam seu departamento de Recursos Humanos e implementam abordagens de RH de longo prazo para incentivar o trabalho em equipe e a inclusão. Há também uma forte ênfase na lealdade e tradição.
As empresas menores geralmente são bons exemplos da cultura do clã. Por exemplo, uma agência de marketing pode priorizar a saúde e o bem-estar de sua equipe, trabalhando duro para desafiar, engajar e inspirá-los e ter um plano de negócios que se concentra em tornar seus sonhos realidade.
2. Cultura da Adhocracia
Este é um ambiente de trabalho inovador, dinâmico e criativo. Acima de tudo, uma cultura da Adhocracia promove a liberdade e a inovação individual. Os funcionários são incentivados a experimentar e oferecer novas idéias, e os líderes são vistos como tomadores de risco. Por fim, a organização tem como objetivo crescer e criar novos produtos. Sua métrica de sucesso é se eles são capazes de antecipar as necessidades do mercado e desenvolver novas soluções para atender a essa demanda.
A Apple é um bom exemplo da Cultura da Adhocracia – Steve Jobs, fundador da Apple, disse uma vez: “contratamos pessoas que querem fazer as melhores coisas do mundo”. A Apple enfatiza a invenção e a criatividade.
3. Cultura de Mercado
Uma cultura de mercado enfatiza a realização de tarefas. Existe uma natureza competitiva entre os funcionários e até entre os líderes. Os funcionários são motivados pela rivalidade e pelo alcance de metas, e há um foco constante em vencer. Líderes são tanto guias quanto rivais. Por fim, o sucesso é medido pela penetração no mercado e ações.
Oracle é um bom exemplo de cultura de mercado. O presidente executivo e co-fundador da Oracle, Larry Ellison, disse: “dou viciado em vencer. Quanto mais você ganha, mais você quer ganhar. ”
4. Cultura da hierarquia
Procedimentos institucionais rigorosos são seguidos de perto em uma cultura de hierarquia. O trabalho de um líder é principalmente garantir que os funcionários sigam os procedimentos corretamente. Em uma cultura de hierarquia, há uma forte ênfase na eficiência e uniformidade. Por fim, os objetivos da organização giram em torno de execução, resultados e baixos custos. Uma cultura de hierarquia depende de solução sistemática de problemas e controle de processos para operar de maneira eficaz.
Organizações burocráticas como o DETRAN ou companhias de luz, são bons exemplos de uma Cultura Hierárquica. Essas organizações seguem procedimentos corporativos para garantir consistência e resultados.
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Sobre o autor
André é pós-graduado em pedagogia empresarial, especializando na padronização de processos. Possui mais de 300 horas em cursos relacionados à administração de empresas, empreendedorismo, finanças, e legislação. Atuando também como consultor e educador empresarial, André escreve sobre Recursos Humanos desde 2012.
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